Às vezes as coisas são porque são,
nunca duvide do que é,
e mais, duvide do que não é.
Nunca discuta com o destino:
ele foi feito pra nos traçar
de horas e confeitos.
Ele é feito um sino
que faz de sua vida
uma eterna orquestra
de ida e vindas
até encontrar
com o nada
ou parte de tudo.
Às vezes duvidamos do que vemos,
discutimos o que não vemos;
mas no côncavo dos ermos,
pelas chaves da noite,
haverá sempre uma passagem de
vãos que não tem perdão.
E o destino o levará
mais uma vez para as coisas
que não são.
Até de chinelas ou bondes,
chaminés ou jardins,
nunca voltarão
a ser o que eram!
Mas a volta é diferente
muito diferente:
a vida, por mais bela e singela,
nunca será a mesma!
Pois virou resma de rolar
as chaves de homens
que usam colar de vinténs !
Minhas histórias de solidão não tem mais ninho.
E, neste avante, meu sol morreu no reino que só era volátil esperança.
E, num dia, virei passado, e virei futuro.
E minha história nunca teve fim.
Dias sem vento.
Mas sei que dois mortos
não fazem uma vida.
E não faz sentido ter sentido.
Na casa onde moram duas histórias de saudades,
elas se entrelaçam no paraíso de fogo.
E um dia fui
na velha casa, eu vi minha verdade, e chorei.
Às vezes as coisas são porque são,
nunca duvide do que é,
nunca discuta com o destino:
ele foi feito pra nos traçar
de horas e confeitos.
Ele é feito um sino
que faz de sua vida
uma eterna orquestra
de ida e vindas
até encontrar
com o nada.
Às vezes duvidamos do que vemos,
discutimos o que não vemos;
mas no côncavo dos ermos,
haverá sempre uma passagem de
vãos que não tem perdão.
E o destino o levará
mais uma vez para as coisas
que não são.
Até de chinelas ou bondes,
chaminés ou jardins,
nunca voltarão
a ser o que eram!
Mas não há mais tempo
para navegar
em mares revoltos.
Não há mais tempo
para ser foi diferente,
ou o que nunca fui.
A vida virou resma de rolar
balançando as chaves de homens
que usam colar de vinténs !
E eu, só, bem só,
carregava as chaves da noite.