//meuladopoetico.com/

Arlindo Nogueira

JORGINHO DO SERTÃO

Jorginho rapazinho na carpa do café

Há três casamentos com sua rejeição

Eram três lindas filhas do seu patrão

Uma a mais “trabalhadeira” da turma

A outra muito “bonita” cheia de luma

A terceira disse que era “flor da terra”

Mas Jorginho não podia ter todas elas

E disse: “Eu não caso com nenhuma”

 

A vida é um trem que corre rápido

Assim como a réstia do Sol no vão

Tal qual cantar Jorginho do Sertão

Batidão lá da roça cheio de molejo

Que o cantor catira fazia em solfejo

O Cornélio Pires conhecia essa lira

Fez gravação dessa música caipira

No primeiro disco mundo sertanejo

 

O Grupo caipira de Cornélio Pires

O Raul Torres, Jararaca e Ratinho

Mandi, Sorocaba Palhaço Ferrinho

Em “vinte nove” emergem o grotão

Trazendo o sertanejo para gravação

RCA Vitor foi gravadora escolhida

Por Cornélio Pires que deu guarida

A viola e canto Jorginho do Sertão

 

A primeira moda de viola gravada

Pelo Cornélio Pires aqui no Brasil

Que apostou nos sertanejos de mil

Mariano e Caçula da música catira 

Dupla sertaneja que a história vira

Do Jorginho do Sertão pra capital

Foi sucesso desse gênero musical

O início da fama do cantor caipira