Percebo-me distinto dos indivíduos...
Por que? Não há um porquê imediato,
Apenas matuto meio fora de época, acho...
Não sei se sou futurista ou retrógado,
Meus pensamentos divagam ideias inatas,
Tão inéditas que me perco nos emaranhados.
Refletir sobre as coisas do hoje é picardia
À minha formação encardida no tempo.
Pensar sobre o pretérito é uma afronta
A tudo aquilo que não vivi, que não conheço.
Imaginar o porvir é atirar pedras no escuro,
Porque não existe nada, nada que o comprove,
Somente um raciocínio bastardo do que será
Baseando-se na razão da ideologia quimérica...
Ter esperança é esperar que tudo caia dos céus!
DE IVAN DE OLIVEIRA MELO