Sinto em mim dez mil cores, em preto e branco. Sinto em mim dez mil faces me sinto bem, natural sigo as regras ouço os sons, reparo procuro e não acho.
Sinto em mim dez mil vidas, tenho amor, tenho luz as cores aparecem , me sujeitei.
Sinto meu coração arder, meu corpo sangrar em preto e branco. Na verdade quem eu sou?
Sinto o calor os olhos, o toque. Canso de correr e buscar, não encontrei.
Tento fingir, mentir, estar, ser, tento rir e mudar. Da certo?
Sinto em mim dez mil cores, ela vem me abala e me rebaixa, nada é igual?
Eu corro, vibro, ouço, nunca fui deito e não sinto. Me enfraqueço me cubro, a cor é cinza.
Flutuo em linhas, as cores são preto e branco, cono sair daqui?
Sinto em mim dez mil faces, ela chegou? Eu não entendi. Ela escuta, olha, senti e rir.
Mas a outra dorme, acorda, briga e sai. Ela é preto.
Miserável, contida, sagaz ela explode. O cinza me segura. Ela quer ela destroi, ela se destroi e me destroi.
Ela não curva, ela vai e nunca sai, ela pode e manda. Eu gosto dela!
Ela é forte de um jeito ruim, que esmaga e me amaeça. Ela não liga, olhos pretos.
Tenho em mim dez mil cores, quem eu sou?