Faz a parte
que eu componho
o verso.
Põe o vestido,
que eu laço a cor;
e pra você disponho
nada igual feito,
nada parecido !
Faz o meu céu
que lá viro
quase anjo.
Desfaz a dobra
e segue as duas trilhas
uma prá me encontrar
e, outra, para me amar.
Pra ser sem minha,
sem ser vítima,
arrime a sinfonia
que eu danço
na toada da paz.
Pra ser minha
se ilumine
de estrelas que
dançam
sem ser vago.
Mas não me deixe
no disperso ninho,
porque lá moram
os solitários
que levam seixos
dos sozinhos !
E se nada disso der certo, tem
caminhos mais curtos
no caminho dos
panos da vida :
Você faz a dobra que eu faço o laço.