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Arlindo Nogueira

MEMÓRIAS ALHEIAS

Deixe seus lábios desabrocharem

Sorrisos espontâneos que se sente

E que estejamos sempre presentes

No instante que somos lembrados

Que o nosso bem lhe seja dobrado

De embebecido fito em centelhas

Nos caracóis das memórias alheias

Seja teu sorriso quadro desenhado

 

Que sejamos a saudade de alguém

Nos átrios de uma velha amizade

Que o passado relembre felicidade

Dos instantes já vividos noutra era

Que sejamos as flores da primavera

Num evolar de perfumes de outrora

Zum de fragrância da velha história

Ocupando novamente antiga tapera

 

Sejamos o amor que um dia existiu

Revivido no peito com imagem sua

Sentida no sorriso de alguém na rua

Que se abre tipo as asas do albatroz

Serzir de lábios iglus dos esquimós

Que sejamos lembranças emergidas

Do ontem no hoje sempre revividas

Dentro daquele que passou por nós