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Eliabe Lira

Amor covarde

Do agrado do presente

Do amor da solidão

Que de tudo se fez nada

Dentro deste coração.

 

Amou tanto que sofreu

Sorriu tanto que chorou

Vestiu o mais belo olhar 

Que um dia alguém usou.

 

Sentiu tudo de uma vez

Ódio, atração e paixão

Mas nada restou dentro

Deste pobre coração.

 

E assim se fez a última

Que tanto ele sofreu

Entendeu que ali dentro

Cabe mais ele que eu.

 

Amar só a si mesmo

Chorar uma vez mais

Cumprir o que prometeu

De nunca voltar atrás.

 

brincar de não medir

Ser livre para ousar

Voar em si mesmo

E para trás jamais olhar.

 

Sair para o infinito 

Andar sem algum rumo

Amar como se fosse nada 

Mesmo sofrendo aqui no fundo.

 

sentir o que sentiu

E sempre voltar atrás

Pois o amor é brincadeira

Que tanto me satisfaz.

 

É verdade o que eu digo

Pois ninguém vive igual

O amor virou \"modinha\"

Não se vê mais no jornal.

 

Se completa uma carência 

Morrem as cartas e o cordel

 Que por tanto resistiram

A tecnologia cruel.

 

Escrever virou rotina

Daquele velho leitor

Pois o poema é escrito

Com lembranças de amor

 

E amor é inspiração 

Que vive dentro de mim

Pois não vivo de outro jeito

Só sei viver assim.