Do agrado do presente
Do amor da solidão
Que de tudo se fez nada
Dentro deste coração.
Amou tanto que sofreu
Sorriu tanto que chorou
Vestiu o mais belo olhar
Que um dia alguém usou.
Sentiu tudo de uma vez
Ódio, atração e paixão
Mas nada restou dentro
Deste pobre coração.
E assim se fez a última
Que tanto ele sofreu
Entendeu que ali dentro
Cabe mais ele que eu.
Amar só a si mesmo
Chorar uma vez mais
Cumprir o que prometeu
De nunca voltar atrás.
brincar de não medir
Ser livre para ousar
Voar em si mesmo
E para trás jamais olhar.
Sair para o infinito
Andar sem algum rumo
Amar como se fosse nada
Mesmo sofrendo aqui no fundo.
sentir o que sentiu
E sempre voltar atrás
Pois o amor é brincadeira
Que tanto me satisfaz.
É verdade o que eu digo
Pois ninguém vive igual
O amor virou \"modinha\"
Não se vê mais no jornal.
Se completa uma carência
Morrem as cartas e o cordel
Que por tanto resistiram
A tecnologia cruel.
Escrever virou rotina
Daquele velho leitor
Pois o poema é escrito
Com lembranças de amor
E amor é inspiração
Que vive dentro de mim
Pois não vivo de outro jeito
Só sei viver assim.