Em meu bolso não há dinheiro, só histórias
Que juntei ao longo de uma vida apoteótica
Em que colecionei distintivos sob uma ótica
Do triunfo que enjaula o enredo das vitórias.
Os personagens que sobrevivem na memória
São asseclas da mais pura excelência de vida,
Pois não permitem que a existência bipartida
Seja o gáudio que me torne refém da escória.
Em meu dossiê não posso fotografar a ilusão
Simplesmente porque não aderi a tal intrusão
À minha seiva de conduta que combate o mal.
Sigo avante, há muitas estradas por percorrer
E no dia de amanhã como o de hoje, só prazer
Faz parte de minha essência dócil e imaterial!
DE Ivan de Oliveira Melo