Sobras de pó
se escondem
nos monturos que
fazem das lembranças
a ocasião sem vultos,
o momento sem olvidores,
e a dor como onipresença.
E quando a festa começa
servem-se o vinho,
armam-se os coldres,
os fantoches rodopiam
ao cinzel da lona.
O laço faz o botão
e guerreiros armênios
pousam suas carquilhas
na palha-de arroz.
Não há mais nada de nobre
em tentar reconciliar
a pólvora com o fogo;
ela, dizimada, afogou-se
em lembranças do ninguém;
e ele arredou-se para o doce
canto dos pássaros que já
não se fazem
altivos.
Pois a chaga faz o ardor e
rebuliça as asas feridas.
E se foi uma história de duas
Argolas.
Frutos de um tempo que machuca!
Faz-se uma comunhão de
dores e pesares,
dores e costados de feridas.
E ela parte pra seu lado,
sem colo,
e ele caminha
em direção de qualquer
parador.
Paciências de amor !
Agora, onde existe a sombra
guarda lá sua guarita.
Ela? Perdeu-se
ao vento, o mesmo
que acaricia os pessegais!