O negrume dos meus olhos cansados
tristes e desanimados
que notaste em teu poema,
Foi desse mundo um \"presente\"
que feriu a minha mente
e atingiu minh\"alma serena.
E o brilho que neles existe
são raios de um sol triste
despertando no horizonte;
querendo nesse mundo ver
a semente do amor nascer
puro, como a água da fonte.
Mas sei que esse solo é fraco,
pois o homem parece um saco
de egoísmo e falsidade;
só sabe amar o dinheiro,
sabe que o mundo é um picadeiro
mas que ele é o palhaço, não sabe!
Quem me dera morrer semente...
brotar desse solo quente,
crescer árvore, virar pão;
para matar a fome do mundo
e agasalhar o vagabundo
que dorme no frio do chão.
Mas como sou parte do nada
da poeira dessa estrada
que vivo a percorrer;
na simplicidade desse nada,
quero ser a alvorada
do meu tudo que é você!