Andando pela esquisita ponte,
Onde tem flores que tossem,
Patos escalando no monte,
Jatos voando no mar do além.
Essa ponte, que esquisita,
Tem dinossauros orquídea,
Fadas-pop na mídia,
Balaústres enrugados de vida.
Como cheguei nela? Alguém?
Ela, que tem o que o mundo não tem,
Que chora, suspira, ri e faz birra,
Piso forte, com cuidado, rápido e sem rima.
Essa reta que vincula...
Vincula meu eu comigo,
Surge memórias de amigo,
Jeito de fogo, magia e até nula.
Em volta desse sustento,
Tem natureza com frio,
Pois, o sol já não bate, nem abril,
Quando abriu, o relógio acelerou lento.
Que mágica a ponte do divino,
Mas por que tanto corre fera temporal?
Motivo pelo qual ratos roem cordão cristalino?
Onde ficava, já não fica a ponte do divino.
Volte ponte, não quero ficar sozinho!
Onde tinha polén de diamante,
Onde divindades me davam carinho,
Onde da amiga ponte, vou ficando distante.