Sobreira Rangel

Um Delírio

Há muito ando sem rumo

Pelas pegadas no asfalto

Rastros no espaço sideral

Um passeio sem sentido

Sem comando pela contramão

De uma órbita irreal

 

Um delírio, colírio.

Para os olhos entorpecidos

 

O silencio rompido

Pelo ruído do motor

Em terceira dimensão

Um pequeno oásis

Um paraíso no inferno

Playground para diversão

 

Um delírio, colírio.

Para os olhos entorpecidos

 

O cristo sendo pregado

Por um anjo decaído

No alto da torre de babel

Um psicopata esotérico

Devorando falidas cabeças

Na alcova desse velho hotel

 

Um delírio, colírio.

Para os olhos entorpecidos