Há um belo e transubstancial motivo para me entorpecer por este recanto feliz, pois olho o horizonte, e penso estou vivo, e vejo a esperança brilhar pelo chão de giz. Porque tenho Deus, fé, saúde e paz, família e amigos, e não fujo da contenda, e posso descrever o genuíno cartaz da minha singela e saborosa vivenda. E, para ser diferente do meio da malta, leio poemas para os meus anjos e auras e, pelo palco da existência e da ribalta, planto canteiros de rosas e vasos de gauras. Enquanto, resolvo o meu fácil teorema numa simples equação matemática..., para não ficar com a pecha e o emblema de viver preso por uma força estática. Por entre os doces eflúvios da natureza que arrebanham as inspirações fugidias e que apuram os sentidos com sutileza para tornar mais leves os meus dias.