Dor em poesia
Escrito por Deisiane Oliveira
Introdução:
Poema 1..........Caminhos
Poema 2 ........ Angústia
Poema 4......... A dor move o poeta
Poema 8..........Afeto
Prefácio:
Este livro representa minha dor perante a vida ,são tantas vidas para amar e mal interpretar, tantos amores destruídos por ego e falta de tempo. Tantas vidas tiradas a força para gloriar o ego do sexo, Eu simplesmente sigo vivendo neste vasto mundo iludido por algo chamado beleza externa, nada belo por dentro todos robôs. A era vasta de um tempo tão sombrio a solidão destes poemas me fizeram pensar e repensar sobre como me sinto solitária. Trouxa nunca fui pois trouxa é quem não valoriza quem sou e o quanto sou valiosa para Deus, o quanto sou forte e boa o suficiente. Não me refiro apenas a relacionamentos mas a maneira do quanto pessoas jogam seu lixo emocional nas pessoas como se não fossemos nada, o quanto a frieza nos deixam magoados e sozinhos.
Poema 1: Caminhos
Olho as estradas
E todos os caminhos
Direita ou esquerda
Todos que trilhei
Deus me deu uma segunda chance
Evitei toda pedra em meu caminho
Fugi de toda dor mas aguentei tempo demais.
Aguentei toda dor sozinha
Todo o vazio de não ser boa o suficiente
Sou apenas um ser solitário
Com seu filho nos braços
Suportando mais e mais
Será quem sou ?
Sou boa ou ruim aos seus olhos?
Mágoas eu não tenho
Muito menos rancor
Eu sei o que é amor
Eu conheço e já provei
Apenas não entendo em ter
Inutilidade de ter sentimentos
Pois ninguém valorizou isso.
Poema 2 : Angústia
Angústia de não ter sido quem eu não era
Angústia de não ser do tipo que se vende
De ter deixado de viver a juventude e hoje ser tão sozinha
Ter adoecido e não ser fria
Fria como um robô
De não ser impura pois assim talvez seria amada e admirada.
Sinto muito por ser eu
Ter sentimentos e não querer só uma noitada
Será que um dia serei boa o suficiente?
Amar é algo tão simples
Me arrependo de não ter ido embora antes
Não ter dado um basta antes
Não ter trabalhado e hoje ter minha independência financeira
Sou mulher não uma qualquer.
Nenhum relacionamento me fez bem
Se um brincou com meus sentimentos e não deu certo
Por que brincar novamente?
Simplesmente peguei minha mala de vergonha na cara e fui embora
Angústia de não ser uma qualquer e gostar de jogos infantis
Dinheiro e prostitutas sempre preencherá homens fracos de corpo e alma.
Poema 3: Escrevi e ensinei
Escrevi e ensinei a ser quem eu era
A verdade é essa
Ora pois sou um ser tão paciente
A mãe da angústia
Amei uns que me fizeram mal
São imãs que são puro fracasso sexual.
Liderança de corpo e alma
É o que me falta
Me falta ser aceita
Não tenho culpa de ser eu mesma
Ser tão perfeita
A dor de viver sem ter um propósito
Já acabou.
Escrevi e ensinei quem sou
Sou boa o suficiente para quem é de verdade
Apenas saibam que se eu for jamais voltarei
Jamais me tocará ou olhará em meus olhos
Talvez eu não seja a certa
Não seja a de farra ou a fácil
Ou a interesseira.
Poema 4: A dor move o poeta
A dor move o poeta
A dor move obstáculos
Nós dá força
A loucura me fez ver quem era
Aquele ser de ternura no espelho
Ver que além do rosto angelical
O corpo e a pele com traços miscigenados
Era a alma pura e sedenta por vida.
Tentaram me destruir por dentro e por fora
Mas eu coloquei cada caco e me reergue
Sou eu a mulher mais perfeita
Ou a incompreendida?
Talvez seja para não me sufocar mais na angústia
Bipolaridade é algo que dói e vai se fechando.
Poema 5: Vasto mundo
Ah o amor que vem de Deus
Deus o grande criador deste vasto mundo
O grande arquiteto do universo
Amor é a grande dádiva deste mundo
Amor que cura todas as dores
As dores mentais, espirituais e físicas.
Gratidão pelo amor
Gratidão pela criação
Gratidão por ser amada
Tudo nesta vida vem para nós encher
De esperança e paz
Pois tudo é possível.
Nada é tão belo quanto amar a vida
Amar o próximo
Se souber ser quem é, tudo será diferente
Até que enfim encontrei o amor
Encontrei meu verdadeiro caminho
Que é o amor!
Poema 6: Vangloriando
Vangloriando a minha perversa mente
Perversa que na era do sexo e prostituição
Não sirvo para isso
Perversa por sentir dor ao receber frieza
Perversa por me sentir sozinha
Triste tão triste me traz angústia
Angústia e solidão.
Vangloriando bens materiais
Mas ignorando sentimentos e carinho
Trazendo desconfiança e incertezas
Encontrei na literatura uma maneira de me curar
Curar de pessoas que não tem certeza de que sou eu a mulher
Não tem certeza de que sou a pessoa.
Pode ser algo de minha mente angustiada
Podre de dores intermináveis
De sentimentos negativos
O fracasso é recusar a pessoa de seu jeito
Recusar que é sentimental
Não preciso ser mais sexual mas sim amada.
Poema 7: Dores
Caro hospital das almas
Me declaro mestiça
Com seios pequenos
E um bumbum farto
Cheia de dores e tristezas
Angústias que me destroem
Será que um dia vou receber amor como dou?
Não é culpa do outro mas sim de mim
De eu esperar tanto e nada
Acho melhor eu não esperar e sim fugir
Pois o não é interpretado como sim
Nessa era tão nojenta
Eu sou jovem vinte e seis primaveras
Que foram mais inverno
Gelado e cheio de dor.
Meu maior fracasso foi acreditar que alguém iria me amar
Cuidar de mim
E permaneço na espera
Esperando e esperando
Me desculpe por ter sentimentos
Me perdoe por não ser um robô
Me perdoe por ser eu
Me perdoe por respirar.
Poema 8: Afeto
Solidão me desculpe por ser sua companheira
Me soltei e você se apaixonou
Você tocou meus olhos e meus cabelos
Me deu afeto como eu precisei
Todos me desprezam menos você.
Hoje sou eu mesma
Afeto como você sobreviveu?
Afeto onde está sua luz?
Jamais te conheci
Jamais me tocou
Apenas dia 13 no ano 21
Deste milênio solitário
Depois disso renasci.
Não fui julgada por ser gorda
Mulher que julga a outra de gorda
É mal fudida pois se fosse bem
Renasceria sua auto estima
Talvez eu tivesse que ser mais fria
Pois assim eu não sentiria a dor da solidão.
Um pouco sobre mim:
Meu nome é Deisiane Santana de Oliveira tenho vinte e seis anos meu trabalho é escrever tendo a felicidade de ser eu mesma, sou mãe do Miguel sou amada por Deus e esse ser humaninho, tenho uma cadela chamada Layla, ela é Pitbull. Desde os cinco anos que leio cartas de banco, sou adepta a campanha do setembro amarelo que deveria ser todos os dias do ano.