Hoje foi o dia de minha morte.
Minha pequena e brilhante luz se apagou.
Ó inocente luz que se esvai.
Fatídico dia de minha morte, lenta e sufocante!
Morte de minha alma! Como saberia que este era o dia?
Por que teve de chegar tão cedo?
Pura e inocente infância.
Arrancada em um único suspiro de agonia eterna.
Por este monstro enrolado em castanho e azul.
Que doloroso dia,
Levando consigo a esperança de um futuro,
E deixando apenas uma existência vazia regada de escuridão!
No dia de minha morte abriram-se os portões fúnebres do Mundo,
Foi quando enxerguei a molestadora face da tristeza e da angustia constante,
Pairando sobre meu ser desprovido de alma.
Foi-me arrancado o pedaço mais puro e terno. E, com meus olhos enxerguei o mal.
Foi onde pude ver o ser humano em sua essência mais primitiva.
Onde a maçã do Éden fez por si o maior sentido!
Foi apenas cinco anos de alma viva! E o que sobrou? Apenas frangalhos,
De um ser entorpecido com sede e fome de sentir, por um minuto qualquer,
A pureza e a inocência daquela pobre alma morta!