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Drica

Ninguém

Sou um fantasma no mundo

Ninguém me enxerga. Me olham, mas não enxergam de fato

As pessoas sabem que estou aqui, mas ninguém se importa

Ando pelas ruas, avenidas, parques...

É um passeio solitário

Só as pombas me enxergam

Temos muito em comum

Eu e os pássaros

Somos sujos e sem casa

Solitários!

Voamos por aí! Dia e noite sem rumo

Apenas caminhando pela cidade, como um corpo vazio sem alma

Será que tenho uma alma? Será que já tive?

Se vendessem, eu poderia comprar?

Alguma loja me receberia?

 

As estrelas me observam na escuridão, mas nada podem fazer

Eu e meu cobertor velhinho, nos abraçamos

Faz tempo que essas mãos sujas só contam centavos

Faz tempo que não conto mais sonhos...