Arlindo Nogueira

MINHA GENEALOGIA

Foi lá no pequeno rio Jacutinga

No Município de Erval Grande

Região íngreme que se expande

Nas terras do vale do Alto Pará

Data histórica nem vou lembrar

O vale é o espaço que vale aqui

Qual a saicanga nesse rio nasci

E por lá cresci imitando o sabiá

 

Nossa casa era feita só de tabua

De araucária lascada a machado

O pensamento cruza rio a nado

Mesclado em segredo profundo

O tempo foi e parece segundos

Que a linda história aconteceu

Rio Jacutinga esse cara sou eu

Águia que fita cores no mundo

 

Mamãe era uma linda cabocla

Miscigenada filha de Santina

Casou com o pai ainda menina

Sempre morou junto a restinga

Tirou leite de vaca na moringa

Amassou e assou broa de milho

Com leite e broa criou 8 filhos

Pelas curvas do rio Jacutinga

 

O Augusto, Arlindo, Angelino

A Ivanilde, a Maria e a Ercília

Toni e Leila caçulas da família

São flores duma linda cimeira

Nasceu no mourão da porteira

Entre o verde daquela restinga

Das margens do rio Jacutinga

Surgiu essa família Nogueira