Restos de coisas,
raridades da alma,
me percorrem igual
a um tempo sem ponteiros
por um céu escorrido em calma.
Nada levam de mim,
pois de pouca raridade sou feito,
mas procuro, dentro deste tempo,
o açoite que me adestra a dor,
e me leva a um campo de leitos
dos queridos e amados.
Antes, meus,hoje,
pelejam só na morte!
Não há senso nesse passado,
só figuras dançantes em ritmo
iluminado pela noite,
e que se refletem no
alado trem que dispara, sem trilhos,
para a Cidade do Não Sei.
Não sei perder,
mal sei ganhar,
tenho fama de torto,
e minha deusa do amor
sugere sua indiferença me laçar.
Ah! Alcatéia de monstros
dispersem minha ânsia
lá no fim do mundo,
onde meu amor não
tem mais rosto
e,eu,danço sem corpo!