Apenas um Poeta Solitário!
Histórias ausentes que marcaram a alma
Usando a escrita no momento crucial
Usei as palavras no sentido coloquial.
Dando asas às minhas imaginações
Fui escrevendo para o mundo minha dor!
Mas não havia ouvintes…
Apenas um lápis e um bloco de papel.
Muitos papéis amassados no sentido contrário
Dava para ver o (grafite) se dissolvendo!
Umedecido em lágrimas de pranto
Várias vezes deixei de lado o choro.
Meu coração dilacerado, naufragado…
Olhos submersos em lágrimas
Todas com declarações de amor.
Virei a página em sentido contrário
Percebi que já tinha vivido no passado
Como um verdadeiro cavaleiro solitário!
Montado na minha poltrona
Nas mãos empunha um lápis grafite
Seguindo caminhos de linhas traçadas
Descrevia em poesia minha amada.
Outra vez virei a página, sentido contrário!
Reconstitui o rosto da minha princesa amada.
Logo voltei toda atenção do cavaleiro solitário
Seus cabelos esvoaçantes aos ventos
Tornavam mais bela seu semblante!
Mas não havia ouvintes
Apenas um poeta solitário.
_ Ernane Bernardo