Vida torta, reta, incerta
Vida com dor. Ferida aberta em sal marinho
Vida marota, boba, sem graça
Vida perdida quando se vive sozinho.
Nada ou tudo... Isso não importa
Nada ou tudo... Sinto um calor imundo
Nada ou tudo... Vazio após a porta
Nada ou tudo... Vivo em meu submundo.
Confiança cega... Mas quem a merece?
Confiança cega... Está longe da gente
Confiança cega... A cabeça perece
Confiança cega... Sorte de quem a sente
Solidão ingrata que não vai embora
Solidão carrasco por dentro e por fora
Solidão maldita pulsando nas veias
Solidão é aranha caçando nas teias.
Mas quem sou neste mundo amargo?
Vagando junto a fantasmas do passado
Me vejo como cavaleiro errante,
A espera do fim tal qual velho andante.