Traz de novo em teu riso de aurora,
A neblina sobre o horto que vagaste,
O silêncio da noite que descora,
O arpejo do dia que se calaste.
Em teus lábios há um lírio que aflora,
Toda vez que o semblante iluminaste,
São luares esquecidos de outrora
Que a face de beleza emolduraste.
Minha amada que andas a ver castelos,
Tem nos olhos um poente clareando
Os caminhos nevoados e mais belos...
Olhar sereno que as dores desata,
Trazes enquanto segues caminhando,
E vestígios de luares cor de prata.
Thiago Rodrigues