Thiago R

Soneto Da Formosa Amada

Traz de novo em teu riso de aurora,

A neblina sobre o horto que vagaste,

O silêncio da noite que descora,

O arpejo do dia que se calaste. 

 

Em teus lábios há um lírio que aflora,

Toda vez que o semblante iluminaste,

São luares esquecidos de outrora 

Que a face de beleza emolduraste. 

 

Minha amada que andas a ver castelos,

Tem nos olhos um poente clareando 

Os caminhos nevoados e mais belos...

 

Olhar sereno que as dores desata,

Trazes enquanto segues caminhando,

E vestígios de luares cor de prata. 

 

Thiago Rodrigues