Ivan

TORMENTA

Ouço o ruído das ondas sobre as pedras

E percebo o quanto o mar está bravio...

Na areia, a espuma se desfaz e espio,

Na agitação, como as vagas se quebram.

 

Gigantescos torvelinhos formam, alhures,

Depressões profundas nas águas revoltas

Que rompem, no silêncio, o perigo doutras

Escuridões que bailam sobre os vislumbres.

 

Adiante, mais além-mar, ocorrem procelas

Que se atiram sobre a tempestade e, nelas,

Um ir e vir inebriadas de fortes ventanias...

 

Assobios da natureza sobre fértil borrasca

Atraem albatrozes e gaivotas que arrastam,

Do esplendor, a magnificência das fantasias!

 

 

DE  Ivan de Oliveira Melo