Eu sou como um marinheiro que, viajando só pela imensidão dos mares, procura descanso, sem apego a bens materiais.
Ou talvez como um náufrago que, enganado pelo mar, se vê solitário em uma ilha deserta, sem saudades no coração.
Eu sou a imensidão dos mares.
Profunda!
Eu sou a brisa que passa pelas folhas sussurrando mil queixas.
Eu sou a louca, impura e imunda.
Eu sou a santa, que as prazeres da carne levar não se deixa.
Eu vivo em dois mundos , o da fantasia e o real.
O da fantasia me faz sofrer pq não é eterna a ilusão.
O mundo real me aborrece pq não me trás inspiração.
Eu sou mutável como a natureza
Inesperada como o furacão
Profunda como o mar
Em sua vasta solidão
Eu sou o que há de melhor
E não mereço a rejeição.