A vida
Se ajeitou neste colo profano
Ultrapassou os desejos juvenis
Para que o amor não se despeça
Com o olhar franco
Peitou o tempo todo
O desamor
Mas algo o mantinha vivo
Talvez a esperança
Era o que tinha deveres bem executados
Mas com os direitos não se preocupava tanto
O pão e o vinho o alegravam
Da chateação cotidiana
Fazia da sua arena seu sonho
Mantinha a mesma história sempre nova
E emocionante
sempre se fez de humano e semelhante
Na virada da lua
Escolhia as estrelas mais vibrantes
Ele fundou o país dos apaixonados e dos apaixonantes
Sempre desejou o melhor caminho
Para que os menos tolos caminhassem nele
Era um camarada das divisões mil
Porque o pouco o agradava
Blindava as pernas contra a fraqueza
O tempo lhe mostrou como caminhar
E aprendeu que como o urso não se pode hibernar
Seu amor era como peça de mosaico
Única e solitária .