CORASSIS

A vida

A vida

 

Se ajeitou neste colo profano

Ultrapassou os desejos juvenis

Para que o amor não se despeça

Com o olhar franco

Peitou o tempo todo

O desamor

Mas algo o mantinha vivo

Talvez a esperança

Era o que tinha deveres bem executados

Mas com os direitos não se preocupava tanto

O pão e o vinho o alegravam

Da chateação cotidiana

Fazia da sua arena seu sonho

Mantinha a mesma história sempre nova 

E emocionante

sempre se fez de humano e semelhante

Na virada da lua

Escolhia as estrelas mais vibrantes

Ele fundou o país dos apaixonados e dos apaixonantes

Sempre desejou o melhor caminho

Para que os menos tolos caminhassem nele 

Era um camarada das divisões mil

Porque o pouco o agradava

Blindava as pernas contra a fraqueza

O tempo lhe mostrou como caminhar

E aprendeu que como o urso não se pode hibernar

Seu amor era como peça de mosaico

Única e solitária .