Ouço ecos do tempo
Calculando momentos
Que ali tantos viveram
Construindo inventos
Se valeram da mente
Com propostas fizeram
Uma certa corrente
Espalharam nas mesas
Confiscaram certezas
Começava então
A engrenagem a rodar
Sujeitando o mundo
A um novo ideal
O barco flutuou
Aportando outros mundos
Nos desértos do mundo
Nascem povos distintos
A filosofia flutuava
Por mentes pensantes
Da nobreza da ideia
Ascenderam impérios
Nascem outros provérbios
Nascem credos e cantos
Movem-se letras no papel
A prensa ditando o saber
As guerras
Calaram o tempo por dias
Nesse tempo, só dolo
E o tempo ali
Como dono dos dias
Na sentença do ir
O homem sábio pensou!
Vendo que a paz era o único meio
Os canhões calaram
O trono do mundo
Passou à evolução
Esta que vê nas vidraças
Carros nobres
Ternos cinza
Ao dinheiro delega-se o crédito
Este que dita normas
Enquanto os credos
Nutrem conceitos nobres
Há paz no coração do homem
Que planta sonhos
Que compra casas
Nesse meio-tempo
A terra gira
O sol e a lua
Correm livres pela rua
Há flores nos jardins
O horizonte está aberto