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Edson Alvez

TEMPO

Ouço ecos do tempo
Calculando momentos
Que ali tantos viveram
Construindo inventos
Se valeram da mente
Com propostas fizeram
Uma certa corrente

Espalharam nas mesas
Confiscaram certezas
Começava então
A engrenagem a rodar
Sujeitando o mundo
A um novo ideal

O barco flutuou
Aportando outros mundos
Nos desértos do mundo
Nascem povos distintos
A filosofia flutuava
Por mentes pensantes

Da nobreza da ideia
Ascenderam impérios
Nascem outros provérbios
Nascem credos e cantos
Movem-se letras no papel
A prensa ditando o saber

As guerras
Calaram o tempo por dias
Nesse tempo, só dolo
E o tempo ali
Como dono dos dias
Na sentença do ir

O homem sábio pensou!
Vendo que a paz era o único meio
Os canhões calaram
O trono do mundo
Passou à evolução
Esta que vê nas vidraças
Carros nobres
Ternos cinza

Ao dinheiro delega-se o crédito
Este que dita normas
Enquanto os credos 
Nutrem conceitos nobres
Há paz no coração do homem
Que planta sonhos
Que compra casas

Nesse meio-tempo
A terra gira
O sol e a lua 
Correm livres pela rua
Há flores nos jardins
O horizonte está aberto