um dia,
dia sim, dia não,
chamei meu pai de
forte
e minha mãe de flor de lis.
um dia chamei meu mestre de dono
e meu oeste de decepção,
meu norte de esperança,
já que lá no sul
debruava
choros de mulheres
vestidas de camaleão.
um dia chamei
meu amor de vida
e minha morte de vazio,
chamei o rei de basco
e a rainha de tigresa,
que distribuia
bondades e maldades.
e pela vida fui chamando
até, que de algum lugar,
onde se fala amando,
me mandaram me chamar,
eu fui porque todo
mundo
tem sua hora
de mandar.
então, minha amante
chamou o féretro,
pomposo e florido,
mas com o omissivo de dor,
enquanto, minha amada,
chorava feito
rosas sem dono.
e tudo se ruiu,
e feito Roma,
não sobrou nada,
nem os que do poder,
fluiam.