Carlos Lucena

O EPÍLOGO

O EPÍLOGO 

Não quero um fim 
preso aos lençóis
Me bastaria o riso das manhãs
E o calor de dourados os sóis.

Não quero o epílogo
Com uma música angustiante
Nem uma chama 
acesa a se diluir
Antes uma chama crepitante
Que ilumine o caminho 
onde posso ir.

Não me apraz as 
Nuvens e sua brancura
Como também não me apraz 
as flores que logo murcharão
E que logo sob o sol 
perderão sua ternura
Pois em breve 
suas pétalas secarão!

Sejam breves 
os silêncios e os olhares
E nem se apiedem 
porque se foram as emoções 
Calem-e as vozes e os cantares
Para que logo  
apaguem - se as ilusões.

Não vistam - me
Com o perfume 
das branca flores 
Também  não  tirem - me 
as vísceras
Para no tempo me guardar
E não tire de mim 
o templo dos amores
Porque lá mesmo inerte 
vai guardada 
A in - transitividade de amar!