Bebo dum cálice abstrato uma essência
Que é um átomo que seduz a sapiência
Dos abismos da eloquência e traz a raiz
De todos os engenhos seculares da vida.
Como duma bandeja imaterial a energia
Que circula diante do intangível universo
Que transborda uma filosofia impalpável
E faz da teoria do saber uma vilã utópica.
Nos comes e bebes da anfitriã metafísica
Encontram-se devaneios alegóricos vitais
À especulação de todos os reais axiomas.
Viver e morrer são subjetividades etéreas
E, assim, aprende-se tudo e se vive nada,
Porque no trânsito perpétuo há o deserto!
DE Ivan de Oliveira Melo