A fumaça do cigarro é como um fantasma, sempre voando à esmo
Não há objetivo
Voa aleatoriamente de um lugar para outro
Não faz sentido, não chega a lugar algum
Uma neblina viva que perambula pela cidade vazia
Sua sensibilidade renasceu com sua morte
Agora, um simples véu transparente que deixou sua carne e osso
Vazio como o copo do alcoólatra
Flutua de bar em bar atrás de um whisky
O sono eterno, como prometeram, não existe!
Só existe uma consciência arrependida rolando...
Rolando como seu espírito
Agora morto, sente mais os vivos
Mas não há nada a dizer, nada a fazer
Os vivos não acreditariam que já estão mortos em uma roupa de carne.