pudesse eu
ter um caso,
mesmo
ocasional,
de raro
efeito.
coberto de
pó passageiro
enfeitado,
por todo lado,
de riso de
criança
e abóbodas
de luzes
quase
perfeitas.
um caso só,
entre eu e você,
ou por acaso,
nós dois.
um caso
cheio de
elos
e perfumes.
ocasional,
que seja,
mais
cheio de
benfeitorias
de amor,
e calor de
abraço.
enquanto
não bordam
na porta do
céu,
um caso
pra minha vida,
volto à paz
de meu conforto
e vou à caminho
do sozinho.
fico lá
nas bordas
das esquinas
suspeitas.
onde sempre
tem
uma verdade
camuflada,
e uma mentira
sensacional.
vista e
veras!
lá é pago,
não tem recibo,
arde,
não tem colo,
e é bem
parecido
com a entrada
do inferno.
mas tudo
ocasional,
sem nada,
nada
passional,
tudo,
tudo mesmo,
coberto de
cal e cimento
de vestidos
sem doce,
das futuras
loucas e sozinhas
sanzonais.