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Victor Severo

Noite velha.

Imenso e profundo vazio.

Sob o céu que a tudo assiste.

E com seu manto abobadado.

Cobre nossos pecados em sono de feras primitivas.

Que sonham com deuses que há muito pereceram.

Eterno e infinito engano.

Embriagados de ópio e devaneios.

Procriando e devorando-se brutalmente.

Em súplica revoltada.

Irmanados pela cegueira.

Sob o céu indiferente.

Que em breve morrerá também.

Como os deuses que povoam nossos sonhos.