Houve uma audiência na assembleia pública dos poetas
Para debater somente o essencial,
Para iniciar, o plenário abriu a primeira pauta;
O que é o amor?
É de suma importância para essa câmara constatar, no juizo dos Senhores aqui presentes, o que de fato é o amor.
Os líricos logo disseram, o amor é um cortejo!
Os sátiros se opuseram, o amor é triste!
Os românticos, em lágrimas gritaram, o amor é lindo!
Os modernos, insatisfeitos, disseram, o amor é vazio!
Os realistas encerram dizendo, o amor é desejo.
A câmara votou, e por 4 votos a 1 foi constatado
Que o amor é um triste cortejo de lindos desejos vazios.
( ou outra coisa qualquer)
Em seguida, com todos inquietos a assembleia seguiu,
É de suma importância constatar, no juízo dos Senhores aqui presentes, o que de fato é a tristeza.
Os líricos logo disseram, a tristeza é um cortejo.
Os sátiros se opuseram, a tristeza é o amor!
Os românticos, em lágrimas gritaram, a tristeza é triste!
Os modernos, insatisfeitos, disseram, a tristeza é o vazio!
Os realistas encerram dizendo, a tristeza é desejo.
A câmara votou, porém não houve acordo, e o plenário decidiu
Que a tristeza, na verdade, é um rio
Por onde passa um cortejo de tristes amores e desejos vários.
( ou outra coisa qualquer)
Dada a falta de tempo, não houve tempo para discutir sobre o que de fato é a vida, então a audiência foi remarcada para a vida que vem.
Os contemporâneos contestaram, já sabemos o que é a vida!
Todos riram.
O plenário desconsiderou.