Tenho ambientes
Tenho estrelas, astros
O sol pontual já não existe
Meu olhar é odisseia sem tempo
Além do giro do mundo
Para dentro de mim eu olhava
A me procurar
A cada momento, tinha esperança
E sempre me esperava
E o sempre era um outro eu
A se enclausurar
Ainda não era como o céu
Que jamais poderia se repetir
E assim sob um véu
Introvertia-me sem me cumprir
E o sempre era um outro eu
A se enclausurar
Mas de inopino, um clarão
E um trovão de um trovador
Raio de luz chamou-me o olhar
As grades de escuridão dissipam
E dissipa a introversão à luz
Vertia-me num existir
E o sempre era multidão de mim
Em prenúncios a me anunciar
Tenho ambientes
Tenho estrelas, astros
O sol pontual já não existe
Meu olhar é odisseia sem tempo
Além do giro do mundo