Janelas da Vida
O tempo não é meu
Não é meu o tempo
O vento que sopra
Vai junto com o pensamento
As estradas que percorri
Não tão lampeiras como o vento
São as estradas que escolhi
Caminhos e desaventos
E o tempo que passou
Éolos do momento
São ponteiros distantes
Não voltam o que cansou
Ponteiros não descansados
Embalados pelo tempo
Fogem sem controle
Sem afago e com lamento
Teu relógio nunca parou
Tua escrita é alada
Voa feito verso
Caminha feito toada
Ah..! janelas da Vida
Das encostas esquecidas
Dádivas das escolhidas
Frutos de velas espremidas
Não sejas feito o vento
Que por vezes derrubas
Ora afagas
Acolhidas flores de estradas
Pois o vento que passou
Não voltas com a partida
Nem a janela entre/aberta
Não é a mesma porta contida.
Motta, Roberio
Cinco de 1 de 2023
Samoëns Morillon des Alpes Françaises.