Quando surgiste os sinos cantaram,
E até nas brumas por sobre as roseiras,
As vozes de outrora lá dobraram
Na mansidão das sombras derradeiras.
O horto veste as rosas que fanaram,
A cor das alvas sedas passageiras,
Das aves os harpejos ressoaram,
O céu era um azul de quaresmeiras.
Olhos calmos tinha quando te vira
E fragrâncias de lírios, ai, como era
Doce o aroma do alvor que eu sentira...
O silêncio de almas enamoradas,
Um luar em serena primavera
Vagando sobre as fúnebres moradas...
Thiago Rodrigues