erhi Araujo

OCASO DE AMAR

 

Quando o amor for embora

O que levo, é tudo, esperança

Pouco a mais não cabe na sacola

Na última hora ou por fiança

Pois, não restará qualquer herança.

 

Um passado coalhado de mudanças

Só... o serei encontrado

Quando todo o pesar for varrido

Em mar aberto, vivido e amado

No canto sereno, do coração que me der ouvidos!

 

De pétalas caídas no fusco veneno

Malha a frio os olhos vermelhos, mal dormidos

Véu da noite embrulha o laço terreno

Cacos espalhados, ainda que doa a lembrança

Os erros, as paixões no silêncio interrompido.

 

Quando dançar valsa, o beijo é uma dívida

Quando der graças, é o desejo, uma vida! 

 

 

OCASO DO AMAR

                    erhi Araujo