Todo velho de lembranças se abarrota;
São espólios que deixou a juventude,
E a saudade dentro dele só tricota
Um bordado pra enfeitar o ataúde!
O arco íris da energia se desbota
De igual modo a ação e a saúde,
E o idoso ao passado se devota,
Um beato que perdeu sua virtude!
Assim, por flores mortas enfeitado,
Seu jardim completamente malogrado
Desabrocha contra o tempo seus protestos,
Em seu peito nada mais se prolifera!
O inverno engoliu a primavera!
E o senil vai capengando sobre os restos...