Eis que um dia...
Há um breve momento,
Em que o fio do destino,
Finito, firme e constante,
Vem apresentar os fatos
De cada um de nós os atos
Estórias, histórias, retratos
Porções, partes, pedaços
Do todo e tudo que somos.
Vem nos cobrar pelas contas
Becos, caminhos, pelos cantos
Ponte ou abismo, porta ou prisão
Por onde em vida percorremos.
Vem nos mostrar a que viemos
De onde vimos e aqui vemos
Que o que realmente temos
É menos do que mereceremos.
Terá sido, será revelado, escrito
Pouco menos do que desejamos
Muito mais do que precisamos
Mais e menos que conquistamos.
Merecido, no entanto, parcelado
Do muito ao pouco, do miúdo ao nada
Equivale a dizer: que pena!
O que vale é fazer valer a pena.
Não mais interessa o passado
Tudo o que temos a decidir
Será o que fazer com o tempo
Tempo este que nos é dado.
Que mais tanto importa,
Se é cada homem/pessoa
Senhor/dono do próprio destino?
Testemunhem!
É o próprio querendo algo de nós
Pois conseguiremos, se vivo estivermos.
Saúdem!
Que quanto mais altos
São os degraus da sabedoria
Mais fortes os pilares da humildade.
Consagrem!
Pois pelo poder da verdade,
Eu, tu e eles, enquanto vivos,
Conquistaremos o universo.
Eis que um dia...
\"Vi veri veniversum vivus vici\".