Perpetrei acompanhado de algum mal
Nos arredores de uma cova violada
Com minha alma de desejo impregnada
A violência de um enlevo sensual!
Cobri de beijos a frieza da amante,
Toquei a alva rigidez dos belos seios
Cheguei ao auge de um prazer inebriante
Ouvindo as aves da volúpia em seus gorjeios!
Com alguns vermes disputei a carne fria;
Que a paixão permite ao homem disputar
Por fim a glória só atende à quem porfia!
Ao pé da morte saciei meu apetite
Pois um cadáver é capaz de saciar
O que o céu em meio à terra não permite!