Thiago R

No Alvor Da Noite

É como a morte a vida languescente,

Que no peito cantaste as tuas árias;

Uma tarde enublada sem poente 

Que me lembra as alfombras solitárias. 

 

A voz dos ventos num termo florido,

Ó alma que trazes um olhar dolente,

Lamentos pelos ares tens ouvido 

De quem sofre as dores que tu sente. 

 

E pálida, a face, da lua nova,

Que desponta nos páramos celestes 

Clarear irá de novo a mesma cova. 

 

Ai no alvor da noite me envolvera,

Lembrando os beijos que me destes 

O perfume do amor que florescera...

 

Thiago Rodrigues