Depois da véspera
Me empreste um resto de seu sonho
Um fio de sua esperanca
E um punhado de suas certezas
Pra que esta noite não se apresente tão estranha, como tantas outras que a precederam
Pra que esse sentimento também respingue em meu ceticismo
Para que minha véspera encontre um alento dentro deste desengano
Se o caos é imprevisível, é imprescindível minha redenção
Meu auto engano e minhas premissas, neutalizam meu pedido
Minha vontade é desencanto e meu silêncio meu desespero
É véspera é chegada, me traga um pouco desse otimismo que te move no escuro
Que te fascina desde outros tempos
Que te mantém no anseio de um novo dia
Me traga um pouco desse seu vinho que ofusca as dores desta existência
Me empreste o sono da travessia
Pois me despertaram antes do tempo
Antes de meu tempo, depois da véspera....