TESE DA LIBERDADE
Não há mais o que esconder
nas parábolas
Mesmo que o canhão aponte
Para a boca que denuncia
Não há mais
O que esconder na canção
Nem acorrentar a liberdade
Num decreto
Escrito a mão
Para tirar da alma a sanidade
E destruir a ternura
Em um código
Que antes mutilava a igualdade
Num corpo anônimo, marcado
Que descia à sepultura!
Hoje as bocas protestam
Mesmo que os textos lhes tentem acorrentar
Mas as ideias
dos corações atestam
Aquilo que se precisa conjugar
E que os loucos
Em seus loucuras manifestam!