Dor, hoje minha companheira,
Venha deitar-se comigo, em meu leito
Nesta hora, quando tudo , é desalento
E apenas você está comigo, em plenitude.
Não vou te pedir e nem vou te impedir,
Sim, pode doer...
Mas, não se demore muito
No seu ritual, em meu peito.
Peço-lhe que quando passar ,
Pelo quarto secreto dos meus sorrisos,
Que não os dilacere,
Que não os amedronte demais
Diga-lhes que permaneçam em repouso,
Com as raízes fincadas na esperança,
Deixe que eles vejam a tua face
E que você não é escuridão.
Deixe que eles vejam a tua verdade,
Que tuas lágrimas existem
Que elas também têm uma luz,
Que é necessária à alma.
Diga-lhes, se puder, que já vai embora...
E que em breve, eles estarão de volta...
Para florirem em meu rosto,
De onde virá a primavera das marcas, que você deixará.
Antonio Olivio