Andre soul

Fascínio

Um sopro. Um silêncio. Na calada da noite,

pensamentos gélidos cortam como lâminas de foice.

A plenitude embriaga a sombra da face oculta,

enquanto a nostalgia se infiltra, carregada de dor e amargura.

 

Busquei escalar as alturas do mais profundo saber,

tentando conter a leitura exposta ao relento.

Fizeram de mim folhas de um outono sem fim,

perdido, embriagado na ira de um mar de marfim.

 

A resistência se curva ao menor chamado,

caindo como orvalho — sem a intenção de molhar.

O vento que sopra parece tudo acalmar,

mas o eco que ressoa é o de um coração a chorar.

 

— Escrito por André Luis Costa