A terra ensecava a esperança do caboclo
e nas esvoaçantes garras, tantos pediam socorro
e naquele sertão nordestino,
do alto de um farol brilhante
contemplou-se as pernas de um rio caudaloso
para arrebentar, esburacar e possui o mar.
O sol se escondeu por detrás do destino
que o errante predador consumiu
na ligeireza dos espaços ressecados,
pr’uma história de cães selvagens prolíficos
que juntou-se aos libertários pássaros pretos
para ali criar a morada comensal.
E no agarrar das unhas, tonificantes,
surgiu um lugar de bem querer,
zona da mata, aconchegante agreste Pernambucano,
que leva pro mundo sua mutação glamourosa
de calor e frio seduzentes:
a deleitosa, afável e rorejante Garanhuns.
Quero conhecê-la!
Nota: Cidade natal do meu pai. É uma singela homenagem a ele, que nos deixou em 2011.