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Arlindo@123

A Vez Do Verme

A Vez Do Verme

Ó por favor deixai meu corpo apodrecer,

Não vá me pôr em um fogão incendiado

Se por acaso meu cadáver for cremado

O clã dos vermes não terá o que comer!

 

Não é cortez, a impiedade não têm nome,

Ela ultrapassa as dimensões do egoísmo

Não vá à cinzas reduzir meu organismo;

Deixai o verme alimentar a sua fome!

 

Pois não merece a pequenez do ser humano

Ser atirada nas grandezas do oceano

Ou resguardada numa urna com saudade!

 

Atire ao verme o que restar da existência

É o mais sensato é atender a Exigência

É dar à vida um grau maior de Utilidade!

 

Moreira Júnior