//meuladopoetico.com/

Victor Severo

Berenice.

Maria Alice

Uma vez me disse.

Que a Berenice.

Cheia de sandice.

Andava muito triste.

Com sua solteirice.

Apelando à crendice.

Como se pedisse.

Que o mar se abrisse.

Que do céu caísse.

Que Deus lhe ouvisse.

E permitisse.

Que alguém lhe visse.

Por mais que insistisse.

Por mais que sorrisse.

Por melhor que se vestisse.

Sozinha, Berenice.

Entrava na velhice.

E Maria Alice.

Que com sua meiguice.

Amava Berenice.

No final desiste.

Seu amor não resiste.

E com tristeza assiste.

A cega idiotice.

Pura tolice.

Da solitária Berenice.