Laryssa Salles

DES(PRAZER)DO JARDIM

...A mim o desprazer de Verso a verso pontuar com ponto final o que é reticências .Falhar miseravelmente se escondendo,sem ter onde; Disfarçar de maneira inteligente com um livro em baixo dos braços,cada verso de um modernismo é um beijo que te dou. Contemporâneos,sonetos,cordeis, a sintaxe ...tudo! Tudo terá teu rosto estampado,todas estações falarão de você para mim!... É verdade que elos se rompem,mas o que entrou no coração não se dissocia,estará ligado à você inteiro.

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A mim o desprazer dos versos.O cansaço a pena,dobrar sentimentos como uma pilha de roupas,redobrar doses e estrofes.Temer o dia que não se disfarça, e estarei ao lado obscuro da convivência platônica, mas mais real que todos os elos que me rodeiam,que falo,tateio e compartilho. E então olharei para o outro lado da mesa,sozinha,e sentirei o vazio, nenhuma vóz falará comigo,nenhum poema desviará minha atenção, nada calçará meus pés para fugir, nenhuma flor remediará..teu rosto em algum movimento acoplado ao breu é o mais perto que posso estar; e dura pouco.

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A mim o prazer dos versos,redigir com métrica o que não cabe na gente, sorte tem o poeta artista plástico,pintar você ao lado de um girassol,porquê é assim que te vejo, me vejo ser o próprio girassol  e há muitas outras flores que ocupa um jardim que agora denomino neste verso:coisas da vida\"

 

Laryssa Salles