Não venha me falar coisas de riqueza.
De glórias ou de nobreza,
Que eu vou rir de você.
Jamais sentarei à sua mesa,
Respeito a minha pobreza.
Minha fome é de viver.
Caminho solto e liberto.
Desprezando seus decretos.
Desdenhando o seu poder.
Sigo o caminho correto.
Vivo sob humilde teto.
Me importa o ser, não o ter.
Tua empáfia não me ilude.
És doente, sem saúde.
Carente que nada em ouro.
Eu com saúde, mas doente.
E o amor de minha gente.
É o meu maior tesouro.
Não venha me falar coisas de orgulho.
Nesse charco eu não mergulho.
Me abstenho de fazer.
Parte desse opulento entulho.
Que me causa no estomago embrulho.
Me enche de repulsa o ser.