Francisco Mourão da Silva

Dama da Noite

No meu peito queima o sol da paixão

E na ilusão vou rodopiando sem pensar

A fulana daquela mesa eu quero o coração

Antes que ela desista de me olhar!

 

Encantadora e de rosto afável

De olhos reluzentes, assa mulher

Flechou o meu coração indomável

Com um olhar, dizendo que me quer!

 

Dama da noite de efêmera recordação

Jogou-me no calabouço do esquecimento

Ao chegar à mesa a sua paixão

Eu de graça fiquei como um tolo descontente!